domingo, 25 de dezembro de 2011

Dália Negra





Elizabeth Short (Mia Kirshner) era uma jovem bonita, que estava determinada em ser famosa e era conhecida como a "Dália Negra". 
Após seu corpo ser encontrado, torturado e retalhado, em um terreno baldio de Los Angeles, tem início uma busca pelo assassino. Os detetives e ex-boxeadores Lee Blanchard (Aaron Eckhart) e Bucky Bleichert (Josh Hartnett) são encarregados da investigação do caso, mas a obsessão que os dois desenvolvem por ela acaba por arruinar suas vidas.

Título original: (The Black Dahlia)
Lançamento: 2006 (Alemanha, EUA)
Direção: Brian De Palma
Atores: Scarlett Johansson, Aaron Eckhart, Hilary Swank, Mia Kirshner.
Duração: 121 min
Gênero: Ficção
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Dançando no Escuro






Sinopse:
Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, Dançando no Escuro é uma das obras-primas do polêmico cineasta Lars Von Trier (Dogville). Esta edição especial apresenta o filme no formato widescreen anamórfico, com mais de uma hora de extras, incluindo o documentário inédito Os 100 Olhos de Lars Von Trier. 
A cantora Björk está impressionante como Selma, uma imigrante que trabalha numa fábrica no interior dos Estados Unidos. Vítima de uma doença hereditária, ela está perdendo a visão e, para evitar que o filho tenha o mesmo destino, economiza todo o seu dinheiro para operá-lo. Apaixonada pelos musicais de Hollywood, Selma mistura realidade e fantasia. 
Porém, a sua vida muda radicalmente quando é acusada injustamente de um crime. Além da excelente trilha sonora de Björk, Dançando no Escuro tem as participações da grande Catherine Deneuve e do lendário Joel Grey (Cabaré).

FICHA TÉCNICA

Gênero: Drama, Musical
Ano de Lançamento: 2000

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sábado, 24 de dezembro de 2011

Até Quando?


"Até Quando?" é um documentário sobre a violência urbana nas favelas e bairros populares de duas capitais do Brasil: Rio de Janeiro e Recife, cidades com altíssimos índices de violência letal.
O filme tem como onjetivo mostrar como é a vida de pessoas que vivem nas periferias dessas capitais. Revela as dificuldades na entrada para o mercado de trabalho. O tráfico é apresentado como uma falta de alternativa para algumas pessoas. Boa parte do documentário é dedicada a um aspecto que não se traduz em números estatísticos: a dor dos parentes e amigos daqueles que foram vitimas da violência urbana. 
Através da mescla de imagens de ações policiais, depoimentos de moradores e de estudiosos da violência a intenção é denunciar, para quem vive fora dessa realidade, as condições de vida à qual a população de baixa renda está sujeita. Para ilustrar os depoimentos são lembrados episódios como a Chacina da Baixada, em 31 de março de 2005, e diversos outros casos. 

Sugestões de uso:
"Até quando?" é um bom filme para ser usado em debates que envolvam o tema da violência urbana, da atuação policial na sociedade e até mesmo da ocupação do espaço urbano. 
Ficha técnica:Data: 2005
Duração: 51 minutos
Realização: Observatório de Favelas do Rio de Janeiro
 
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O Pontal do Paranapanema








O pontal do Paranapanema há muito tempo é um dos principais centros de conflitos pela terra no Brasil. São 100 anos de violência social e ambiental. O documentário mostra que naquela região se situa a última reserva de mata atlântica no interior de São Paulo. Mas a ação dos fazendeiros está destruindo o meio ambiente ao mesmo tempo em que impede a exploração sustentável por parte da pequena agricultura familiar.
São terras públicas tomadas ilegalmente pelos proprietários, que usam e abusam da lentidão e conivência da Justiça para manter seus latifúndios. Para se ter uma idéia, uma das empresas da região, a Destilaria Alcídia, utilizou o agente amarelo para acabar com a mata nativa da região. Trata-se de um desfolhante utilizado na Guerra do Vietnã pelo exército norte-americano. Há depoimentos de dirigentes do MST e da UDR, mostrando o cinismo destes últimos.

Indicação de uso:
Pode ser usado em debates e aulas de cidadania que falem sobre a concentração da propriedade rural e a agressão ambiental e social por parte dos grandes proprietários.

Ficha técnica:
Data: 2005
Direção: Chico Guariba
Duração: 52 min.
Produção: Ecofalante / Cinematográfica Superfilmes

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Vista a Minha Pele

  







 
“Vista a Minha Pele” é uma divertida paródia da realidade brasileira. Serve de material básico para discussão sobre racismo e preconceito em sala-de-aula.
Nesta história invertida, os negros são a classe dominante e os brancos foram escravizados. Os países pobres são Alemanha e Inglaterra, enquanto os países ricos são, por exemplo, África do Sul e Moçambique. Maria é uma menina branca, pobre, que estuda num colégio particular graças à bolsa-de-estudo que tem pelo fatode sua mãe ser faxineira nesta escola. A maioria de seus colegas a hostilizam, por sua cor e por sua condição social, com exceção de sua amiga Luana, filha de um diplomata que, por ter morado em países pobres, possui uma visão mais abrangente da realidade.
Maria quer ser “Miss Festa Junina” da escola, mas isso requer um esforço enorme, que vai desde a superação do padrão de beleza imposto pela mídia, onde só o negro é valorizado, à resistência de seus pais, à aversão dos colegas e à dificuldade em vender os bilhetes para seus conhecidos, em sua maioria muito pobres. Maria tem em Luana uma forte aliada e as duas vão se envolver numa série de aventuras para alcançar seus objetivos. O centro da história não é o concurso, mas a disposição de Maria em enfrentar essa situação. Ao final ela descobre que, quanto mais confia em si mesma, mais capacidade terá de convencer outros de sua chance de vencer.

Indicações de uso:
O vídeo pode ser usado na discussão sobre discriminação no Brasil. É um instrumento atraente, com linguagem ágil e atores conhecidos do público alvo - adolescentes na faixa de 12 a 16 anos. Vem acompanhado de uma apostila de orientação ao professor para sua utilização em sala de aula, elaborada por educadores e psicólogos comprometidos com as questões de gênero e raça.
Ficha técnica:
Duração: 15 minutos
Direção: Joel Zito Araújo
Produção: Casa de Criação

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Cruzando o deserto verde

 












Produzido por iniciativa da Rede Alerta contra o Deserto Verde, o filme mostra as terríveis conseqüências da adoção do cultivo do eucalipto. A equipe de produção viajou por regiões do Espírito Santo e Bahia, entrevistando pessoas de diversos segmentos sociais. A vilã da história é a Aracruz Celulose, maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto. 
As plantações da empresa atingem os modos de vida de populações negras e indígenas, retirando-lhes o acesso à agricultura de subsistência. Outro desastre são as carvoarias, que utilizam as sobras das árvores do eucalipto como combustível para fornos nos quais trabalham crianças em condições sub-humanas.

Indicação de uso:
Discutir os prejuízos causados pela monocultura, não só ao meio ambiente como para a cultura e sobrevivência das populações das regiões em que esse tipo de cultivo é adotado.
Ficha técnica:
Data: 2002 Duração: 56 minutos Texto e Direção: Ricardo Sá Produção: Alacyr Denaday, Geise Silva, Marcelo Calazans e Daniela Meirelles. Apoio: FASE-ES e FUNDO SAAP
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Entre Muros e Favelas



Impressionante documentário sobre a vida e a morte nas favelas do Rio de Janeiro. A partir de uma clara visão de classe, apresenta a violência policial e a violência do tráfico como dois lados de uma mesma moeda: a guerra contra os pobres.
O vídeo conta com depoimentos de representantes de ONGs e movimentos sociais, aos quais se somam as emocionantes falas de parentes e amigos de vitimas da violência. Violência esta que tem cor, classe e idade, já que a grande maioria de mortos e feridos são jovens, negros e pobres. O cenário do documentário são as próprias ruas e becos dos morros cariocas, onde residem mais de 20% da população da cidade.
O filme desnuda o papel do Estado, presente nessas localidades apenas através da violência policial, e revela como essa ausência dificulta a organização dessas comunidades e prejudica suas lutas. Mostra que mais recentemente, com o neoliberalismo, o Estado reduz ainda mais os gastos com educação, saúde, saneamento básico e habitação, entre outras de suas funções.
Denuncia ainda o medo e o preconceito difundidos pela mídia em relação aos que moram em favelas, tratados como “classes perigosas”, o que estimula a continuidade dessa verdadeira barbárie. Como diz um dos cartazes que aparece no filme: “Moro em um lugar onde a imprensa só aparece para contar os mortos”.  
Entre Muros e Favelas tem, entre outras, a virtude de conseguir politizar a questão da violência, uma denúncia da nossa realidade. É uma imagem da resistência dos que se opõem a esse massacre, especialmente das mães que perderam seus filhos, pois dá voz àqueles que normalmente são calados.

Indicações de Uso:
Entre Muros e Favelas é indicado para aulas de História, Geografia e Cidadania, que tenham como tema o Rio de Janeiro e sua história recente. Desigualdade social e direitos humanos também são temas retratados neste filme indispensável para aqueles que queiram discutir os principais problemas sociais do Brasil atual.
Ficha Técnica:Direção: Suzanne Dzeik, Kirstem Wagenschein e Marcio Jerônimo
Data: 2005
Duração: 56 minutos
Realização: Ak Kraak, A Trever, TV Tagarela
 
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Amanhã vai ser maior








"Amanhã vai ser maior" é um documentário que narra um fato ocorrido em Florianópolis, no final de 2005, e retrata a violência policial sofrida por estudantes ao fazerem manifestações contra o constante aumento das tarifas de transporte público.
A luta dos estudantes de Florianópolis se encadeia com outras revoltas parecidas, contra a enormidade do peso dos preços da condução em comparação com o salário da maioria dos usuários. Esta revolta lembra as dos anos anteriores, como a de Salvador, retratada no documentário A Revolta do Buzún. As manifestações estudantis contra o aumento dos preços dos ônibus começaram em julho de 2004 e ficaram conhecidas como "Revolta da Catraca". Num primeiro momento, o aumento foi cancelado, mas em maio de 2005 as tarifas voltaram a subir. Os estudantes que voltaram às ruas para protestar contra o aumento foram duramente reprimidos pela polícia estadual. O filme mostra uma semana inteira de resistência estudantil e do sofrimento para conseguirem melhores condições de estudo. Frente à repressão policial, deixa o seguinte recado: "Amanhã vai ser maior".
Indicações de uso:
"Amanhã vai ser maior" pode dar excelentes contribuições a diretórios acadêmicos, grêmios estudantis e em aulas sobre cidadania e luta popular. O vídeo concentra-se na repressão policial, com muitas imagens e poucas palavras.
Ficha técnica:
Data: 2005
Realização: Alex Antunes, Fernando Evangelista, Juliana Kroeger, Vinícius (Moscão)
Duração: 28 minutos
 
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Massacre de Corumbiara

 











No dia 14 de julho de 1995 mais de 600 famílias participaram da maior ocupação de terra já realizada em Rondônia. Contavam com o apoio da CUT-RO, do Sindicato dos trabalhadores rurais de Corumbiara, do PT e de ex-dirigentes do MST. 
A fazenda escolhida, Santa Helina, de 14 mil hectares no sul do estado, era um entre os muitos latifúndios da região. Meses antes da ocupação os trabalhadores começaram a ser ameaçados.
No dia 9 de agosto, às 3 horas da manhã, mais de 200 policiais militares e jagunços invadiram o acampamento e abriram fogo contra os sem-terra. Bombas, metralhadoras, fuzis e revólveres foram usados contra trabalhadores indefesos. Os números do massacre - dez mortos, sete desaparecidos e centenas de feridos e presos - não são suficientes para traduzir o ocorrido.
A tortura (pessoas com os olhos furados, capadas, mutiladas com moto-serra e pessoas obrigadas a comer o miolo dos mortos, etc) não se traduz em números. 
"Massacre de Corumbiara " fala desse massacre, dessa barbárie, dessa covardia. Fala de um dos mais aterrorizantes capítulos da luta pela terra no Brasil, que nunca deve ser esquecido.

Indicações de Uso
"Massacre de Corumbiara " pode ser usado em aulas ou debates políticos que abordem a questão agrária no Brasil. É, no entanto, sobre o tema dos direitos humanos que o vídeo é mais indicado para ser usado. 

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Raiz Forte: MST


Documentário sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Através de imagens e depoimentos colhidos em acampamentos e assentamentos de vários Estados brasileiros, o filme apresenta todas as diferentes fases e formas de luta que caracterizam o MST.
Raiz Forte começa apresentando como é o processo de recrutamento do Movimento. Mostra como se dão as ocupações das fazendas e a construção dos acampamentos, onde a vida é dura e o medo da violência dos fazendeiros são realidades constantes. Desnuda a violência policial quando são realizados os despejos das ocupações. Através de imagens do Paraná e de Eldorado dos Carajás (PA), mostra a repressão e a forma que o Estado Brasileiro e as classes dominantes tratam o Movimento e os trabalhadores do Brasil.
Mostra também o processo de produção nos assentamentos e acampamentos. A mudança de vida e de visão de mundo pela qual passam os Sem Terra. Apresenta a nova vida nos assentamentos já consolidados, a produção em cooperativas, a industrialização de diversos produtos e a riqueza das experiências do trabalho coletivo. Discute as dificuldades encontradas para obtenção de financiamentos e para a produção de mercado. Apresenta ainda as iniciativas de produção orgânica e de diversas formas de comercialização.
"Raiz Forte"é por isso tudo um dos mais completos documentários sobre um dos mais importantes movimentos sociais do mundo.

Indicações de Uso:
Como falar da História ou da Geografia no Brasil Contemporâneo sem falar no MST? Como travar um debate político ou analisar as forças e grupos que compõe nossa sociedade hoje sem lembrar dos Sem Terra? Raiz Forte mostra em 42 minutos o que é o MST e, por isso, é indicado para debates políticos em escolas, faculdades e movimentos sociais.
Ficha Técnica:Data: Agosto de 2000
Direção: Aline Sasahara e Maria Luisa Mendonça
Duração: 42 minutos
Realização: Centro de Justiça Global – Global Exchange
 
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Guariba – 1984









Documentário sobre o trabalho de preservação da memória da histórica greve dos trabalhadores rurais (bóias-frias) de Guariba (SP).
Guariba é uma típica cidade dormitório da região de Ribeirão Preto. Grande parte de sua população é de trabalhadores rurais empregados nos canaviais e usinas de álcool. Em 1984, a cidade foi palco de uma greve que, apesar da repressão policial, foi vitoriosa. A greve virou notícia em todo o país, o que estimulou muitas outras lutas de trabalhadores rurais em busca dos mesmos direitos conquistados em Guariba.
O fio condutor do documentário é a exibição das imagens da greve de 1984, quando da inauguração da sede do sindicato em 2001. As imagens da violência policial, dos espancamentos, dos piquetes e os depoimentos de homens e mulheres que participaram do movimento fazem relembrar aos trabalhadores de Guariba seu potencial de luta, de conquistas, estimulando uma maior organização. “Guariba – 1984” é um filme sobre a memória daqueles que podemos chamar de vencidos, mas que, apesar da exploração e da repressão, um dia foram vitoriosos.

Indicações de uso:
"Guariba – 1984" é um documentário indicado para aulas ou debates que tenham como tema a questão agrária no Brasil ou a preservação da memória dos trabalhadores e suas lutas.
Ficha técnica:Data: 2002
Direção: José Roberto Novaes e Francisco Alves
Duração: 11 minutos
Realização: Ferasp / UFRJ / UFSCar
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Por Longos Dias



Ganhador do prêmio de melhor curta em 16mm no Festival de Brasília e do Prêmio Especial do Júri no Festival de Gramado, ambos em 1999. O texto é uma adaptação do prefácio de José Saramago pra o livro “Terra”, de Sebastião Salgado. Poético e bem feito, apresenta um texto levemente provocativo em relação à religião. Mostra o cotidiano difícil da luta dos Sem-Terra e suas atividades, como as Marchas Nacionais.

Indicação de uso:
Apontar as injustiças ligadas à concentração da propriedade da terra no Brasil. Mostrar como a resistência popular se organiza.

Ficha técnica:
Data: 1998
Direção: Mauro Giuntinni
Duração: 13 minutos
Produção: Asa Cinema & Vídeo e Plateau Filmes.

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Terras Para Rose e Sonhos de Rose: 10 anos depois

Terras Para Rose




A história de Rose, agricultora sem-terra que, com outras 1.500 familias, participou da primeira grande ocupação de uma terra improdutiva, a fazenda Annoni, no Rio Grande do Sul. O filme aborda a sensível questão da reforma agrária no Brasil, no período de transição pós-regime militar, retratando o início de um polêmico e importante movimento social, o MST. Rose deu à luz o primeiro bebê que nasceu no acampamento e foi morta em estranho acidente. 

Sonhos de Rose: 10 anos depois




O documentário mostra o reencontro da cineasta Tetê Moraes com os personagens de “Terra para Rose” (1985), também dirigido por ela, e que narra a trajetória de 1.500 famílias de agricultores sem terra. As imagens do primeiro filme acompanham a luta de Roseli Seleste Nunes da Silva e sua família. Aos 26 anos, ela foi morta por um caminhão durante repressão à ocupação da Fazenda Anoni, em Sarandi, no Rio Grande do Sul, em 1985. Trata-se da primeira grande ocupação do MST. No segundo filme, Tetê reencontra várias pessoas que havia filmado dez anos antes. A maioria conseguiu sua pequena propriedade para produzir, apesar dos sacrifícios impostos pela repressão dos latifundiários e governos.

Indicação de uso:
Útil para discutir a reforma agrária e mostrar a violência com que os proprietários reagem às justas reivindicações dos sem-terras.
Ficha técnica:
Data: 1995
Direção: Tetê Moraes
Duração: 91 minutos
Produção: Vem Ver Brasil
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Arte de lutar: 20 anos do MST no Espírito Santo

Arte de lutar” faz um resgate da história do MST no estado do Espírito Santo, desde a criação das Comunidades Eclesiais de Base, na década de 80, até a organização dos trabalhadores em sindicatos rurais, passando pela criação do MST e pelo momento atual. 
O vídeo também contextualiza a situação fundiária no Estado, apresentando as conseqüências, para os trabalhadores, da implantação de grandes projetos, como é o caso da Aracruz Celulose.
Além desse panorama histórico, apresenta a organização dos setores do MST, entre eles educação, saúde, gênero e produção, além de contextualizar a situação atual do estado em relação ao número de acampamentos e assentamentos mantidos pelo MST. 
No vídeo, os próprios Sem-Terra falam de suas histórias, suas dificuldades e principalmente sobre os ideais alcançados e aqueles pelos quais eles ainda lutam para conquistar.

Indicação de uso:
Fonte de pesquisa para aulas de História do Brasil e Geografia, para sindicatos e para debates que tenha como assunto a reforma agrária.

Ficha técnica:
Data: 2004
Direção: Jackson Segundo 
Duração: 34 minutos
Realização: MST-ES e DECOS/UFES.

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A Muralha







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A Guerra do Fogo



A Guerra do Fogo conta a saga de uma tribo e seu lí­der, Naoh, que tenta recuperar o precioso fogo recém-descoberto e já roubado. Através dos pântanos e da neve, Naoh encontra três outras tribos, cada uma em um estágio diferente de evolução, caminhando para a atual civilização em que vivemos.
Os sons e a linguagem embrionária do filme são criações do escritor Anthony Burgess, o mesmo de Laranja Mecânica. Mistura de ficção cientí­fica e aventura, o filme é uma perfeita reconstituição da pré-história, tendo como eixo a descoberta do fogo. 
Fantástico e visionário, o filme é uma aula de história e cinema.

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A 4° Guerra Mundial





Este filme documentário faz um inventário das milhares de pessoas e movimentos sociais que se manifestam em toda parte do planeta, mostrando uma nova página da história composta pelos atos da resistência ao neoliberalismo. 
Das linhas de frente nos conflitos sociais no México, Argentina, África do Sul, Palestina e Coréia; "no norte" de Seattle a Gênova; na "guerra ao Terror" em Nova Iorque, no Afeganistão e no Iraque, o filme traz as imagens e as vozes de uma guerra não noticiada: a resistência radical ao capitalismo global, com cenas de manifestações populares inéditas na grande mídia. 
Com trilha sonora de Manu Chao, Asian Dub Foundation, Múm, Moosaka, Cypher AD e DJ C

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Manifestoon, Manifesto Comunista



Trechos de o Manifesto Comunista com a ajuda dos cartoones da Disney, criado pelo o cineasta independente Jesse Drew.

Passo a cita-lo: "No desenho animado clássico, a força bruta e a artilharia pesada nunca conseguem derrotar a ironia e o humor, e no fim a justiça sempre vence. Para mim, era natural ligar o meu próprio conceito infantil de subversão com uma versão mais articulada (o Manifesto Comunista de Marx e Engels)."

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Guerra de Canudos


Em 1893, Antônio Conselheiro (um monarquista assumido) e seus seguidores começam a tornar um simples movimento em algo grande demais para a República, que acabara de ser proclamada e decidira por enviar vários destacamentos militares para destruí-los. 
Os seguidores de Antônio Conselheiro apenas defendiam seus lares, mas a nova ordem não podia aceitar que humildes moradores do sertão da Bahia desafiassem a República. Assim, em 1897, esforços são reunidos para destruir os sertanejos. Estes fatos são vistos pela ótica de uma família, que tem opiniões conflitantes sobre Conselheiro.

Título original: (Guerra de Canudos)

Lançamento: 1997 (Brasil)

Direção: Sérgio Rezende

Atores: José Wilker, Paulo Betti, Claudia Abreu, Marieta Severo.

Duração: 169 min

Gênero: Drama

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Paixão e Guerra no Sertão de Canudos






Documentário que resgata um dos mais belos, chocantes e desconhecidos episódios da história brasileira. Com depoimentos de pesquisadores e, sobretudo, dos parentes dos combatentes, o filme oferece ao público uma verdadeira aula sobre a luta pela terra e pela liberdade.

Relembrando os passos de Antônio Conselheiro desde 1871, o filme apresenta o fundador de Monte Belo (Canudos) e sua ligação com a luta contra a escravidão, a opressão e a República. Descreve a comunidade sertaneja formada por negros, índios e pobres, onde não existia polícia, cobradores de impostos, nem patrões nem empregados e onde a terra e a produção eram coletivas. Mostra como o vilarejo de mais de 25 mil habitantes no interior da Bahia, em 1893, atraiu a ira de coronéis, da Igreja e do Governo Estadual e Federal. Conta, uma a uma, as quatro expedições que durante mais de um ano atacaram Canudos, mobilizando para isso mais de 12 mil soldados do exército de 17 estados (50% de todo o efetivo nacional na época).

A resistência guerrilheira de João Abade, de José Venâncio, de Pajeú e de outros é descrita com detalhes surpreendentes. A destruição completa da cidade e o massacre de seus habitantes (ao fim foram todos decapitados) compõem o desfecho da guerra e deste chocante filme. A conclusão de Paixão e Guerra no Sertão de Canudos é que espingardas e canhões podem destruir cidades, mas não os sonhos e a história.

Indicações de Uso:
"Paixão e Guerra no Sertão de Canudos" é um filme indicado para debates políticos sobre a questão agrária no Brasil e sobre o tema dos direitos humanos. É uma aula de Geografia e de História, pois aborda um dos fatos mais controversos e marcantes de todo o período republicano. É um exemplo de como a memória popular, as cantigas e músicas populares, as xilogravuras e reportagens de jornal podem ser usadas para reconstrução histórica. Os debates com diversos especialistas no tema mostram como é sempre possível resgatar a história dos vencidos.

Ficha Técnica:
Data: Novembro de 1993
Direção: Antonio Olavo
Duração: 78 minutos
Realização: Portfolium

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HISTÓRIA QUE CONSTRUÍMOS - Parte 1: A Geração AI-5 e a Anistia

Tempo de Resistência


Documentário baseado no livro "Tempo de Resistência", de Leopoldo Paulino, sobre o período da Ditadura Militar no Brasil. A partir do depoimento de mais de 30 pessoas envolvidas na resistência à ditadura, o filme aborda todo o processo, desde o golpe até a anistia.
José Dirceu, Franklin Martins, D. Angélico Bernardino, Aloysio Nunes, Leopoldo Paulino (entre outros) avaliam o que levou os militares a tomarem o poder e contam as dúvidas e controvérsias que a esquerda viveu sobre como resistir. Analisam a crise do PCB e o papel de vanguarda assumido pelo movimento estudantil na luta pela democracia. Refletem sobre a dissidência na esquerda, a formação dos diversos grupos guerrilheiros e seus projetos revolucionários. Falam sobre o ano de 1968, sobre as greves e passeatas, sobre as prisões em Ibiúna, o AI-5 e a opção pela luta armada. Descrevem o recrudescimento da ditadura, as prisões, torturas e mortes. Lembram Mariguella, Câmara Ferreira, Lamarca e muitos outros que partiram.
Vários depoimentos tratam do exílio e os entrevistados emocionam-se com lembranças e com a derrota da guerrilha. Por fim, falam da abertura, da anistia e do papel da resistência em nossa história. Embalado por músicas de Chico Buarque, Francis Hime e Geraldo Vandré, e contando com impactantes imagens de arquivo, Tempo de Resistência é um dos mais completos documentários sobre o tema.

Indicações de Uso:
"Tempo de Resistência" é indicado para aulas de História, Cidadania e para debates políticos sobre o Brasil contemporâneo. Direitos Humanos, Movimento Estudantil e Política Nacional são outros temas que podem ser ilustrados por este filme que, pela profundidade da análise e pluralidade de visões sobre o processo histórico, é por si só uma verdadeira aula.

Ficha Técnica:
Data: 2004 Direção: André Ristum e Leopoldo Paulino Duração: 115 minutos Realização: Submundo Filmes

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O Rio dos Trabalhadores


O documento histórico “O Rio dos Trabalhadores” narra a história do Rio nos primeiros anos do século XX por meio de imagens de Augusto Malta, Marc Ferrez e outros. Neste período se deu o início da trajetória de modernização da cidade, uma tentativa de “civilizá-la” dentro dos moldes europeus. O então prefeito Pereira Passos, com suas “reformas sanitaristas”, iniciou o que viria a ser mais do que uma reforma física. Por trás da idéia de destruição “da imundice dos quiosques e da infâmia dos cortiços” estava a erradicação de hábitos populares que não se encaixavam na nova divisão do trabalho. Liberdades civis passaram a ser restringidas a serviço da modernização. Foi uma verdadeira luta contra aqueles que eram considerados “os autores do atraso nacional” – leia-se o povo.

O filme também trata das mudanças na organização dos trabalhadores, conseqüência do processo de industrialização. Mostra como se desenvolveu uma nova estrutura de sujeição do operariado, desde meios de controle de agitações até medidas assistenciais que os levava a aceitar aquela condição. Por ser composto de fotografias e outras imagens, um pedaço do filme é dedicado a ressaltar o valor desse tipo de documentação para a vida dos operários, sua história e seu fortalecimento nas lutas.

Sugestões de uso:
Esse filme pode ser utilizado como material para aulas de História e Geografia do Rio de Janeiro, abordando a história da classe operária e a questão da ocupação do espaço urbano. Além disso, também pode ser utilizado em debates e palestras que envolvam o tema da habitação, da reformas sanitárias e da História dos Trabalhadores.

Ficha técnica:
Data: 2002
Direção: Paulo Castiglioni e Maria Ciavatta Franco
Duração: 20 minutos
Realização: UFF / CNPQ / FAPERJ

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Uma onda no ar



Uma onda no ar
Referência no movimento pela democratização dos meios de comunicação, a trajetória da Rádio Favela inspirou o roteiro do filme "Uma onda no ar".
Jorge, o protagonista, tem um sonho. Ver a voz do morro ecoando pela cidade de Belo Horizonte. Junto com alguns amigos, ele começa a realizar transmissões clandestinas durante a Hora do Brasil. Logo a Rádio Favela começa a ser ouvida e comentada pelos moradores da região. Sua linguagem própria e visão política começam a incomodar as autoridades. A rádio é fechada por diversas vezes e Jorge é preso. Foram 20 anos de lutas até que, em 2000, a Rádio Favela recebe autorização governamental para funcionar como rádio educativa. Uma onda no ar é um filme movimentado e intrigante sobre a luta pelo direito de comunicar.
Indicações de Uso:
Excelente material para grupos e entidades que trabalhem com a comunicação popular. Levanta debates e mostra a realidade das comunicações no país. Também pode ser utilizado em sala de aula para propor aos alunos uma nova visão sobre a mídia no país.
Ficha Técnica:Direção: Helvécio Ratton
Data: 2002
Duração: 92 minutos
 
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Braços Cruzados, Máquinas Paradas


"Braços Cruzados, Máquinas Paradas" é um filme sobre a luta e a organização dos metalúrgicos de São Paulo. A eleição do sindicato e a greve que ocorreu em 1978, e que mudaria o cenário sindical brasileiro, dão ao filme as cenas de ação, em meio a uma profunda discussão sobre o sindicalismo brasileiro e um dos seus maiores problemas: a estrutura sindical corporativa do Estado.
Em 1978 fazia 14 anos que o país vivia sob a ditadura militar. Desde 1968, praticamente não se ouvia falar em greves. Milhares de sindicalistas foram presos, torturados ou mortos. Nos sindicatos reinavam os pelegos indicados pelo governo. Entre os metalúrgicos de São Paulo havia um grupo de trabalhadores ligados à Oposição Sindical Metalúrgica (OSM-SP), que organizava comissões de trabalhadores por fábricas.
No mesmo ano de 78 lançaram uma chapa para o sindicato. Em meio ao processo da campanha eleitoral, ocorreu a greve dos metalúrgicos do ABC. A OSM-SP consegue então mobilizar a categoria e deflagrar uma das mais importantes greves do país. Contra os patrões, o governo, a polícia e o sindicato, os trabalhadores entravam nas fábricas e, ao lado das máquinas paradas, permaneciam de braços cruzados. A vitória obtida no processo eleitoral do sindicato da América Latina não pode, porém, ser comemorada. Novamente o governo interveio no sindicato e nomeou uma diretoria comprometida com os seus interesses e dos patrões.
A OSM-SP, as organizações de base e o espírito de luta demonstrado naqueles dias, contudo, não foram esquecidos. Nascia ali um novo sindicalismo. Junto com os metalúrgicos do ABC e diversos outros sindicatos e oposições sindicais de todo o país a OSM-SP criaria, anos depois, a CUT. Suas idéias e praticas iriam influenciar o sindicalismo brasileiro por muitos anos e sua luta entraria para a história como uma das mas radicais e belas experiências da classe trabalhadora no Brasil.
Indicações de uso:
"Braços Cruzados, Máquinas Paradas" é indicado para aula de História, de Cidadania e para cursos de formação sindical e debates políticos. O filme é de uma profundidade ímpar no trato dos problemas do movimento sindical no Brasil, aprofundando o debate sobre a estrutura sindical. As origens do novo sindicalismo e da CUT aparecem neste filme protagonizados por aqueles que, ao longo do tempo, ficaram menos conhecidos - as oposições sindicais.
Ficha técnica:
Data: 1978
Direção: Sérgio de Toledo Segall e Roberto Grewitz
Duração: 76 minutos
Realização: Grupo Tanumã

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Os Rurais da CUT


Documentário sobre a luta e organização dos trabalhadores rurais no Brasil a partir da organização do 1º Congresso do Departamento Nacional dos Trabalhadores Rurais da CUT (DNTR-CUT). O vídeo resgata a memória das principais lutas no campo desde a década de 1950, mostrando que a reforma agrária, a defesa do meio ambiente, a produção familiar e as melhorias das condições de trabalho e dos salários não é uma luta só dos rurais, mas de toda a classe trabalhadora.
"Os Rurais da CUT" mostra como o golpe militar abortou, através da repressão, as lutas e a organização dos trabalhadores rurais. O processo de modernização que foi implantado favoreceu apenas os grandes produtores, os latifundiários e a agroindústria, com subsídios, créditos para exportação etc. Aos trabalhadores coube a miséria e o êxodo para as periferias dos grandes centros.
Agrotóxicos, super exploração do trabalho, controle de poços pelos grandes proprietários, falta de acesso à terra, baixos salários, derrubada das florestas e construção de barragens. Estes foram alguns dos fatores que levaram os trabalhadores às greves, às ocupações de terra e à organização.
Com depoimentos emocionantes e imagens chocantes, o filme mostra a participação de trabalhadores sem-terra, parceiros, meeiros, seringueiros e outros extrativistas, pequenos agricultores, bóias-frias e assalariados rurais.
Indicações de Uso:
"Os Rurais da CUT" é um documentário indicado para aulas de História, Geografia, Cidadania e para debates políticos e cursos de formação sindical que tenham como tema a política agrária brasileira, o sindicalismo no Brasil e a luta pela terra.
Ficha Técnica:
Duração: José Roberto Novaes e Paulo Pestana
Realização: DNTR-CUT e Centro Ecumênico de Documentação e Informação
Duração: 35 minutos
Data: 1992

Videoteca 

História do Sindicato dos metalurgicos do ABC


O vídeo, dividido em cindo partes, mostra as lutas, os desafios e as conquistas do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC durante 60 anos de sua história. O ponto alto é o telejornal sobre a época da grande greve de 1980, um dos fatos marcantes das origens do novo sindicalismo. Em destaque, o nascimento da liderança nacional Luiz Inácio da Silva, o Lula, nas assembléias no Estádio da Vila Euclides. O documentário tem depoimentos dos trabalhadores e ex-presidentes do Sindicato. 
O cine-jornal retrata o início das lutas dos metalúrgicos, a era Getúlio Vargas, a Revolução de 30 e a deportação de trabalhadores estrangeiros. Finalmente nos apresenta um programa de rádio dos anos 50: as numerosas greves, a ditadura militar, a intervenção nos sindicatos, o período do assistencialismo e do arrocho salarial dos anos da ditadura. O vídeo resgata importantes fases da história política e cultural do País, misturadas à história de um dos maiores sindicatos brasileiros.
Indicação de uso:
O vídeo é um excelente material para ser utilizado em aulas de História, pois mostra muitas fases históricas do Brasil, com ênfase na participação e lutas dos trabalhadores.
Ficha técnica:Direção: Renato Tapajós
Realização: TV dos Trabalhadores – Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Duração: 52 minutos
Data: Início da década de 90
 
Na videoteca: 
25 anos do sindicato dos metalurgicos do ABC
50 anos do sindicato dos metalurgicos do ABC

100 Escovadas Antes de Dormir






Baseado no sensacional campeão de vendas internacional One Hundred Strokes ofthe Brush Before Bed, 100 ESCOVADAS ANTES DE DORMIR é um excitante conto de emoções e sexualidade. Sozinha, negligenciada por seus pais e sentindo muito a morte de sua querida avó (Geraldine Chaplin de Fale Com Ela), Melissa de apenas 14 anos de idade (Maria Valverde) se entrega ao sexo como válvula de escape. Ao se envolver em situações sexuais arriscadas, as quais ela detalhadamente descreve em seu diário, essa Lolita dos dias atuais rapidamente se torna uma atrevida sedutora. Com erotismo e sedução, 100 ESCOVADAS ANTES DE DORMIR é uma visão perturbadora sobre como a vida secreta de uma adolescente pode provocar os desejos humanos além dos limites.
Título original: (Melissa P.)
Lançamento: 2005 (Itália, Espanha, EUA)
Direção: Luca Guadagnino
Atores: Maria Valverde, Maria Teresa Bagardo, Giulio Berruti, Vania Cadura.
Duração: 100 min
Gênero: Drama

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domingo, 18 de dezembro de 2011

De onde nasceu o dinheiro (capitalismo)


Saiba de onde veio o dinheiro e o capitalismo.

90 bilhões de dólares podem ser criados a partir de 10 bilhões originais.
3% do dinheiro dos EUA, existem fisicamente... Outros 97%, existem somente nos computadores.

Eles se Atreveram — A Revolução Russa de 1917





Um filme realizado por Contraimagem

Eles se Atreveram — A Revolução Russa de 1917

O filme "Eles se atreveram" narra a história da maior revolução de todos os tempos, que despertou as esperanças dos oprimidos do mundo inteiro e abriu o caminho às revoluções do século XX. Produzido pelo IPS (Instituto do Pensamento Marxista), o filme assume o desafio de combater as falsificações stalinistas e burguesas sobre a grande Revolução Russa. Enfrenta, por um lado, a história oficial da antiga burocracia soviética que eliminou o protagonismo das massas, os Sovietes e os verdadeiros dirigentes de Outubro; e, por outro lado, a produção de todo tipo de documentários de TV que tentam identificar a Revolução, o Partido Bolchevique e Lênin com a barbárie stalinista posterior.

"Eles se atreveram" relata os feitos revolucionários tomando seu nome das célebres palavras de Rosa Luxemburgo em defesa da Revolução Russa: "Não se trata desta ou daquela questão secundária sobre táticas, mas da capacidade de ação do proletariado, sua força para atuar, da vontade de poder do socialismo como tal. Neste sentido, Lênin, Trotsky e seus companheiros foram os primeiros a dar o exemplo ao proletariado mundial. São ainda os únicos que até agora podem gritar: 'eu me atrevi!'."

O relato deste documentário foi feito a partir da adaptação de textos revolucionários de Leon Trotsky, Lênin, Rosa Luxemburgo, poesias do genial Maiakovski e outros autores. A base fundamental do roteiro foi "A História da Revolução Russa" de Leon Trotsky, um livro "cinematográfico", como já foi dito diversas vezes. De Lênin, Rosa Luxemburgo e novamente de Trotsky foram utilizadas várias declarações da época, seus balanços sobre 1905. Outros relatos também foram fundamentais, entre os mais importantes: "Os Dez Dias Que Abalaram o Mundo" de John Reed e "A História do Partido Bolchevique" de Pierre Broué.

O documentário foi construído com base em uma cuidadosa seleção material de arquivos, documentos e fragmentos do cinema soviético. As imagens documentais foram utilizadas respeitando seu lugar e seu momento histórico. Neste sentido, podemos ver imagens do documentário de Esther Shub, "A Queda da Dinastia Romanov" e centenas de imagens jamais recompiladas em um único filme — a vida do Czar, as jornadas de julho, a revolução de fevereiro a outubro, a guerra civil, etc. Há também cenas de "Entusiasmo" (1930) de Dziga Vertov; "A Greve" (1924), "O Encouraçado Potemkin" (1925) e "Outubro" (1927) de Sergei Eisenstein; "Arsenal" (1928), de Alexander Dovzhenko; "Mãe" (1926) e "O Fim de São Petersburgo" (1927) de Vsevolod Pudovkin, entre outros filmes. A montagem final é complementada com animações russas e soviéticas da época, algumas muito originais.

A trilha sonora inclui uma seleção de músicas elaboradas especialmente, muitas das quais de autoria do compositor soviético Dimitri Shostakovich junto com outra seleção de cantos revolucionários russos e populares. A participação especial das vozes de Eduardo "Tato" Pavlovsky e Silvia Helena Legaspi transmite no presente a paixão daqueles acontecimentos históricos que abalaram todo o mundo.

"Eles se Atreveram" não foge das perguntas sobre o fracasso da URSS, em seus minutos finais busca dar respostas para compreender o caminho da experiência de liberdade e progressividade dos dias iniciais da revolução à instauração de uma sociedade despótica, chauvinista e contrarrevolucionária sob o bonapartismo stalinista.

Esta realização de Contraimagem busca ser uma contribuição à tarefa de transmitir a vigência do socialismo e as ideias revolucionárias aos jovens e trabalhadores revolucionários de hoje. Nos 90 anos da Revolução Russa, o filme reivindica esta grande façanha que influenciou todo o século XX que pode ser resumido em uma frase do documentário: "Recuperar a memória revolucionária para preparar a vitória de amanhã, ou melhor, recuperar a memória revolucionária para amanhã saber vencer".

O filme foi estreado no cinema Gaumont de Buenos Aires e foram realizadas apresentações bem-sucedidas em várias localidades da Grande Buenos Aires, na cidade de Neuquén, La Plata, Rosário, Santa Fé, Córdoba, Mendonza, Bahía Blanca, Santa Rosa, San Salvador de Jujuy, "El Alto" e Huanuni (Bolívia), Montevidéu (Uruguai), entre outras. Em um mês reuniu mais de 3.000 espectadores, vendendo centenas de cópias em todo o país.
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