domingo, 16 de maio de 2010

Contra o "Deserto Verde": Documentário - Não Comemos Eucalipto

Documentário que denuncia a forte repressão policial sofrida por mulheres da Via Campesina durante violenta desocupação de uma fazenda ilegal da Transnacional Stora Enso, no Rio Grande do Sul, Brasil. No dia 4 de março de 2008.
Parte 1


Parte 2

terça-feira, 11 de maio de 2010

Da Servidão Moderna

Parte 1


Parte 2


Parte 3


Parte 4


Parte 5



“Toda verdade passa por três estágios.
No primeiro, ela é ridicularizada.
No segundo, é rejeitada com violência.
No terceiro, é aceita como evidente por si própria.”
Schopenhauer


A servidão moderna é um livro e um documentário de 52 minutos produzidos de maneira completamente independente; o livro (e o DVD contido) é distribuído gratuitamente em certos lugares alternativos na França e na América latina.
O texto foi escrito na Jamaica em outubro de 2007 e o documentário foi finalizado na Colômbia em maio de 2009. Ele existe nas versões francesa, inglesa e espanhola. O filme foi elaborado a partir de imagens desviadas, essencialmente oriundas de filmes de ficção e de documentários.
O objetivo principal deste filme é de por em dia a condição do escravo moderno dentro do sistema totalitário mercante e de evidenciar as formas de mistificação que ocultam esta condição subserviente.
Ele foi feito com o único objetivo de atacar de frente a organização dominante do mundo. No imenso campo de batalha da guerra civil mundial, a linguagem constitui uma de nossas armas. Trata-se de chamar as coisas por seus nomes e revelar a essência escondida destas realidades por meio da maneira como são chamadas.
A democracia liberal, por exemplo, é um mito já que a organização dominante do mundo não tem nada de democrático nem de liberal. Então, é urgente substituir o mito de democracia liberal por sua realidade concreta de sistema totalitário mercante e de expandir esta nova expressão como uma linha de pólvora pronta para incendiar as mentes revelando a natureza profunda da dominação presente. Alguns esperarão encontrar aqui soluções ou respostas feitas, tipo um pequeno manual de “como fazer uma revolução?”
Esse não é o propósito deste filme. Melhor dizendo, trata-se mais exatamente de uma crítica da sociedade que devemos combater. Este filme é antes de tudo um instrumento militante cujo objetivo é fazer com que um número grande de pessoas se questionem e difundam a crítica por todos os lados e sobretudo onde ela não tem acesso.
Devemos construir juntos e por em prática as soluções e os elementos do programa. Não precisamos de um guru que venha explicar à nós como devemos agir: a liberdade de ação deve ser nossa característica principal. Aqueles que desejam permanecer escravos estão esperando o messias ou a obra que bastando seguir-la ao pé da letra, libertam-se. Já vimos muitas destas obras ou destes homens em toda a história do século XX que se propuseram constituir a vanguarda revolucionária e conduzir o proletariado rumo a liberação de sua condição.
Os resultados deste pesadelo falam por si mesmos.Por outro lado, condenamos toda espécie de religião já que as mesmas são geradoras de ilusões e nos permite aceitar nossa sórdida condição de dominados e porque mentem ou perdem a razão sobre muitas coisas. Todavia, também condenamos todo astigmatismo de qualquer religião em particular. Os adeptos do complot sionista ou do perigo islamita são pobres mentes mistificadas que confundem a crítica radical com a raiva e o desdém. Apenas são capazes de produzir lama. Se alguns dentre eles se dizem revolucionários é mais com referência às “revoluções nacionais” dos anos 1930-1940 que à verdadeira revolução liberadora a qual aspiramos.
A busca de um bode expiatório em função de sua pertencia religiosa ou étnica é tão antiga quanto a civilização e não é mais que o produto das frustrações daqueles que procuram respostas rápidas e simples frente ao mal que nos esmaga. Não deve haver ambigüidade com respeito a natureza de nossa luta.
Estamos de acordo com a emancipação da humanidade inteira, fora de toda discriminação. Todos por todos é a essência do programa revolucionário ao qual aderimos.As referências que inspiraram esta obra e mais propriamente dita, minha vida, estão explicitas neste filme: Diógenes de Sinope, Etienne de La Boétie, Karl Marx e Guy Debord. Não as escondo e nem pretendo haver descoberto a pólvora. A mim, reconhecerão apenas o mérito de haver sabido utilizar estas referências para meu próprio esclarecimento.
Quanto àqueles que dirão que esta obra não é suficientemente revolucionária, mas bastante radical ou melhor pessimista, lhes convido a propor sua própria visão do mundo no qual vivemos. Quanto mais numerosos em divulgar estas idéias, mais rapidamente surgirá a possibilidade de uma mudança radical. A crise econômica, social e política revelou o fracasso patente do sistema totalitário mercante.
Uma brecha surgiu. Trata-se agora de penetrar mas de maneira estratégica. Porém, temos que agir rápido pois o poder, perfeitamente informado sobre o estado de radicalização das contestações, prepara um ataque preventivo sem precedentes. A urgência dos tempos nos impõe a unidade em vez da divisão pois o quê nos une é mais profundo do quê o que nos separa. É muito fácil criticar o quê fazem as organizações, as pessoas ou os diferentes grupos, todos nós reclamamos uma revolução social.
Mas na realidade, estas críticas são provenientes do imobilismo que tenta convencer-nos de que nada é possível.Não devemos deixar que o inimigo nos vença, as antigas discussões de capela no campo revolucionário devem, com toda nossa ajuda, deixar lugar à unidade de ação. Deve-se duvidar de tudo, até mesmo da dúvida.O texto e o filme são isentos de direitos autorais, podem ser recuperados, divulgados, e projetados sem nenhuma restrição. Inclusive são totalmente gratuitos, ou seja, não devem de nenhuma maneira ser comercializados. Pois seria incoerente propor uma crítica sobre a onipresença das mercadorias com outra mercadoria.
A luta contra a propriedade privada, intelectual ou outra, é nosso golpe fatal contra a dominação presente.Este filme é difundido fora de todo circuito legal ou comercial, ele depende da boa vontade daqueles que asseguram sua difusão da maneira mais ampla possível. Ele não é nossa propriedade, ele pertence àqueles que queiram apropriar-se para que seja jogado na fogueira de nossa luta.

O Vídeo
O Filme completo está disponível no streaming
abaixo
Esperando uma versão legendada (ou duplicada) completa,pode fazer o download da versão francesa aqui, e o ficheiro de legenda aqui.
(Nós recomendamos o
VLC para reproduzir o filme com legenda, modo de emprego). A difusão do filme está voluntariamente fora de todo circuito mediático ou comercial, depende da boa vontade dos companheiros de assegurar sua difusão da maneira mais ampla possível. Sintam-se então completamente à vontade para organizar a projeção deste filme dentro das condições que mais lhes forem convenientes. No entanto, é imperativamente exigido que a difusão ou a projeção deste filme sejam totalmente gratuitas.
Eventualmente, seria apreciável que recebêramos um correio indicando a data, a hora e o lugar da projeção, a fim de que possamos incluir-la em nossa página internet. Se por eventualidade queiram nossa participação, podem igualmente entrar em contato conosco por correio eletrônico. Naturalmente as organizações nacionalistas, racistas ou anti-semitas nunca terão nossa aprovação caso queiram apropriar-se desse filme, seja qual for a intenção, pois os mesmos ocupam evidentemente o primeiro lugar em nossa lista de inimigos.
Jean-François Brient e Victor León Fuentes

Fonte: http://www.delaservitudemoderne.org/video-po.html